Quem se define, se limita. Como diria Raul Seixas, eu prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Apesar disso tudo, tentarei deixar algo registrado sobre mim. Por que eu criei esse blog? O fato de eu estar sempre trabalhando com muitas coisas, e aparecendo em ambientes virtuais diversificados, decidi criar esse blog para que as pessoas possam conhecer melhor quem é o ser humano Demetrio Alexandre Guimarães.
Sou um ser humano, como qualquer outro. Eu tive uma vida sofrida, como a maioria das pessoas. Cada pessoa tem seus próprios dramas pessoais, e eu tive os meus, que não foram poucos. Já enfrentei muitos problemas, alguns suportáveis, outros mais pesados, mas eu nunca desisti. Eu sempre fui muito criativo, e tive muita sede de saber. Isso é muito bom, por outro lado, tem o aspecto negativo da ansiedade, algo que tenho que enfrentar diariamente, 24 horas por dia.
Sinceramente, eu preferia ser focado em apenas uma coisa, no entanto, minha mente não me permite isso. Se eu pudesse escolher apenas uma coisa pra fazer na vida, eu seria escritor, mas o dom que nasci para ensinar me cutucaria o tempo inteiro, como se eu estivesse devendo algo para o mundo. A primeira profissão que tive na vida foi a de professor. Eu fazia curso técnico de informática e na época (1995), arranjei um bico de instrutor numa escola de informática denominada CEBRAC (essa escola não existe mais, já faz tempo), na cidade de Rio Claro, SP.
Naquela época, eu queria ser músico. Comecei a trabalhar no CEBRAC para usar o dinheiro para fazer cursos, pois eu queria ter uma escola de música. O sonho chegou a ser realizado, mas as coisas não saíram como eu havia planejado. Comecei pelo violão, quando vi, me tornei multi-instrumentista. Quando o dono do CEBRAC faleceu (isso no ano de 1996), eu comecei a dar aulas particulares de violão na casa dos meus pais (onde eu morava).
No tempo em que eu lecionava cursos de informática, eu investia meu dinheiro em cursos e instrumentos musicais. Comprei muitos pôsteres, transformei meu quarto numa mini escola de música. Eu tirei a minha cama do quarto e guardava o meu colchão em outro cômodo. Quando as aulas acabavam eu colocava meu colchão no chão e dormia. Em 1997 eu descobri o Castelo de Robson Miguel, em Ribeirão Pires. Naquele tempo, eu já tinha muitos alunos, e investi todas as minhas economias em cursos intensivos. Eu viajava de Rio Claro até Ribeirão Pires. Eram finais de semana que eu passava horas viajando (para ir e voltar). Conquistei muitos diplomas.
Em 1998 eu mudei para a minha própria casa e montei uma escola de música chamada Escala Musical. Eu era conhecido por todos como "Romano", apelido dado ainda quando eu estava no Ensino Médio. Naquela época, quando se falava em aulas de música em Rio Claro, o "Romano" era sempre lembrado". Eu trabalhava muito, tinha muitos alunos. De repente, tudo começou a dar errado. A crise econômica da época fez eu perder muitos alunos, e eu precisei mudar o meu rumo.
Eu havia abandonado o ensino médio. Decidi que precisava voltar aos estudos, mas, eu não tinha condições de pagar. Comprei apostilas do antigo telecurso 2000, estudei e fiz as provas. Após concluir o Ensino Médio, me conscientizei de que precisava fazer uma faculdade. Só havia uma universidade pública em Rio Claro. Escolhi o curso de Geografia. Em 1999 eu prestei o vestibular e passei. Ingressei no curso em 2000, enquanto eu ralava para manter minha escola de música em pé.
Em 2001 tomei a difícil decisão de fechar a escola. Precisei trancar a matrícula na faculdade e continuei ralando como professor particular de música. Foi outro ano bem difícil. Música não dava mais. Acabei precisando vender métodos e coleções que eu tinha para sobreviver. Precisei vender instrumentos musicais para sobreviver e pagar as contas. Regressei em 2002 para a universidade, a única chance que eu tinha.
No ano de 2002 as coisas começaram a ficar um pouco melhores. O estado de São Paulo contratava estudantes universitários para dar aulas como professor eventual. Eu me apaixonei pelo trabalho. Em 2005 eu tive outro contratempo, pois, não abriram inscrições para dar aulas. Eu estava no último ano da faculdade (o curso era noturno e durava cinco anos, como eu havia trancado a matrícula em 2001, acabei me complicando mais). Fiquei desempregado alguns meses, com meia dúzia de alunos para pagar as contas. Acabei trabalhando como recepcionista num hospital psiquiátrico, o Bezerra de Menezes, em Rio Claro- SP. Foi um trabalho deprimente. Além do salário ser muito ruim, a exigência era grande e eu presenciava situações muito complicadas, que mexiam demais com o meu emocional. Acabei pedindo a conta.
Felizmente, em 2004, eu havia prestado concurso público para me efetivar como professor. Eu passei no concurso e fui chamado a tempo. Eu concluí a universidade no final de 2005, e em janeiro de 2006, comecei a trabalhar como professor efetivo, na cidade de Sumaré-SP, na Escola Estadual Manoel Albaladejo Fernandes. Em 2011 eu consegui remover o meu cargo para a cidade de Rio Claro-SP, na escola estadual Professor Januário Sylvio Pezzotti, onde estou até hoje.
Vida de professor do estado não é fácil. O salário é defasado, e as injustiças são muito grandes. Eu criarei um marcador "desabafo" aqui no blog, onde contarei mais coisas sobre a minha vida, para as pessoas que tiverem mais interesse em saber. Eu decidi fazer pós-graduação em outras áreas, no entanto, mantendo o pé na educação. Em 2018 eu concluí três pós-graduações. Fiz Pedagogia Empresarial, Coaching e MBA em marketing.
Atualmente, além de lecionar geografia no estado, eu também ministro diversos cursos virtuais. Para conhecê-los, basta você acessar a seção "cursos", deste blog.
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